A catástrofe que ilude

Me pareceu um fenômeno espetacular, algo tão inusitado que me gerou estranhesa. Era uma catástrofe do bem, um tornado de felicidade... Bagunçou, quebrou, arranhou, trincou... Fez tudo com a alegria mais intensa do mundo. Desenhou em mim o sorriso bobo, estranhamente aberto enquanto me destruía... No entanto, quando foi embora me fez preferir imensamente a REAL catátrofe, o desastre negativo, aquele que machuca momentaneamente e quando vai embora nos permite a eternidade em paz, pois a sua catástrofe é como uma droga pesada, daquelas que permite o extase por alguns segundos, vai embora e me faz sangrar numa eterna guerra.

Luana Brito

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